Litteratura

Página inicial > Mitos e Lendas > Torrano: Teogonia

Torrano: Teogonia

sexta-feira 19 de julho de 2024

O mundo  , de que falam as Musas, mostra, em todos os sentidos, o sentido   de Zeus, que se revela como uma unidade   complexa com suas quatro fases e quatro zonas, constituídas por quatro diversas linhagens divinas, cujos seres são bem   e sabiamente definidos por Zeus mediante quatro combates.

O mundo como devir dos Deuses em grego se diz Theogonía. O título formal Teogonia, para este poema de Hesíodo, cristalizou-se ao longo dos séculos da História   da cultura grega certamente porque neste poema cosmogônico para os gregos realizou-se à perfeição esta forma   mítica de pensar   o mundo denominada "teogonia".

O sagrado ser   dos Imortais sempre vivos é aparentemente o fenômeno   do mundo. As noções de ser   e de devir não se dissociam, nem se perde uma da outra, mas são pensadas em sua unidade de sentido dita pelos verbos gígnesthai e eínai na Teogonia de Hesíodo, na qual a palavra génos significa, em sua unidade de sentido: origem, gênero, ser e devir.

Para este modo de pensar e como fundamento dele, o sentido de Zeus (Diòs nóos) mostra-se nos cantos que as Musas cantam no Olimpo para o júbilo de Zeus pai   - nos versos de Hesíodo intitulados Teogonia - nos acontecimentos com que se discerniram os âmbitos dos Deuses imortais e também, dos Deuses imortais, os homens mortais. Dado que esses acontecimentos envolvem os que são sempre vivos - aièn eóntes -, o discrímen mostrado pelo mito   de Zeus figura em acontecimentos presentes, passados e futuros. Nesta presença onitemporal é que a Teogonia mostra - como o sentido de Zeus aos ouvidos de Zeus - quatro fases e quatro zonas constituídas por quatro diversas linhagens divinas cujos seres são bem e sabiamente definidos por Zeus mediante quatro combates.