Tymieniecka (AH13) – a consciência literária é a consciência infeliz

Separada de si mesma como dos outros e dos outros como de qualquer ideal racional, que Hegel chama de “o Além”, a consciência   literária é a consciência infeliz em si mesma, que, deixada à própria sorte, pode ser   permitida a definhar na dor   de sua própria separação do mundo   e dos outros, ou assumir a dor de sua própria auto-libertação, que é criar uma realidade   significativa para si mesma. No seu ponto mais alto, ou seja, no pântano do seu desânimo, as obras literárias e dramáticas de Beckett   iluminam, em cada encontro que temos com elas, uma tragédia   dos nossos tempos modernos; e fazem isso evidenciando a sublimidade do espírito humano.