As lamentações e gemidos do doutor Fausto.
Ao doutor Fausto as horas escorriam como um relógio, sempre com medo de quebrar; pois estava todo aflito, gemendo, chorando e sonhando consigo mesmo, batendo os pés e as mãos como um desesperado. Era inimigo de si mesmo e de todos os homens, de modo que se escondeu e não quis ver ninguém, nem mesmo Mefistófeles, nem o suportou perto de si. Por isso, quis inserir aqui uma de suas lamentações que foram registradas por escrito.
Ah! Fausto, és bem (…)
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Matérias
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Fausto – lamentações e inferno
8 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Paul Arnold (Hermès) - Cosmos de Baudelaire (2)
4 de julho, por Murilo Cardoso de Castrotradução
Diante dessa propensão inerente à alma condenada a se aliar ao mundo formal, o poeta das Flores só vê uma atitude possível, um remédio para o Irremediável: o estado de vigília ou de vigilância permanente. É a hiperconsciência que ele cultiva com fervor e da qual o remorso é apenas o aspecto moral.
A “consciência no mal” impede as obras, essencialmente más, como sabemos, de macular o corpo sutil, de afundar ainda mais o espírito na matéria e de afastá-lo assim um pouco mais de (…) -
Fausto – zombarias de Mefistófeles e danação
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroZombarias de Mefistófeles e lamentos do doutor Fausto.
Enquanto o doutor Fausto se atormentava de tal modo que não podia mais falar, seu espírito Mefistófeles veio a ele e disse: Visto que conheces as Sagradas Escrituras, e elas te ensinam a amar e adorar apenas um Deus, servi-lo somente, e não a outro, nem à esquerda, nem à direita, e que era teu dever ser submisso e obediente a Ele; mas como não fizeste isso, ao contrário, o abandonaste e renegaste, perdeste Sua graça e misericórdia; e (…) -
Jean Richer – Esoterismo do "Diabo Apaixonado" de Cazotte
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroConvém investigar o que em O Diabo Apaixonado poderia ter alarmado os Elus Coëns. Ressalta-se, antes de tudo, que uma leitura atenta do romance permite discernir nele os elementos de uma iniciação virtual... O próprio Cazotte, mais tarde, parece ter considerado essa obra como uma espécie de prelúdio ao seu trabalho espiritual.
Em primeiro lugar, O Diabo Apaixonado, por seu tema e composição, prova que seu autor havia lido com atenção os manuais de demonologia. Cazotte declarou ter-se (…) -
Fausto – Apresentação
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroFAUSTO (JOÃO). – Como inventor da imprensa e por ter publicado e difundido na Europa as primeiras edições da Bíblia, Jean Faust merece ser mencionado no Dicionário de Literatura Religiosa. Seu nome pertence, aliás, à poesia lendária e foi popularizado pelo drama alegórico de Goethe. Na época em que vivemos, ainda é permitido duvidar se a invenção da imprensa foi um benefício ou um flagelo para a humanidade: o fato é que, por meio dessa arte, a árvore do conhecimento do bem e do mal sacudiu (…)
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Fausto – pacto com o diabo
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO doutor Fausto conjura o diabo pela primeira vez.
Fausto foi a uma floresta espessa e obscura, como se pode imaginar, que está situada perto de Wittenberg e se chama floresta de Mangealle, que outrora era muito conhecida por ele. Nessa floresta, ao anoitecer, num cruzamento de quatro caminhos, traçou com um bastão um círculo redondo e outros dois que se entrelaçavam no grande círculo. Conjurou assim o diabo na noite, entre nove e dez horas; e então, manifestamente, o diabo se soltou no (…) -
Fausto – espíritos infernais
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroEspíritos infernais, entre os quais os sete principais são nomeados.
O diabo, chamado Belial, disse ao doutor Fausto: Do norte vi teu pensamento, e é tal que gostarias de ver alguns dos espíritos infernais que são príncipes; por isso quis aparecer a ti com meus principais conselheiros e servos para que tenhas teu desejo cumprido. O doutor Fausto respondeu: Ora, onde estão? Então Belial os fez vir. Belial aparecera ao doutor Fausto na forma de um elefante malhado com o dorso negro; apenas (…) -
Fausto – Helena
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroNo domingo, Helena encantada.
No domingo, alguns estudantes vieram, sem serem convidados, à casa do doutor Fausto para jantar com ele, e trouxeram consigo carnes e vinho, pois eram pessoas de gastos extravagantes. Assim, quando o vinho começou a subir, começou-se a falar à mesa sobre a beleza das mulheres, e um deles começou a dizer aos outros que não desejava ver mulheres bonitas, a não ser a bela Helena da Grécia, porque sua beleza havia sido a causa da ruína total da cidade de Tróia, (…) -
FAUST
8 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Paul Arnold : VIGNY ET LA TRADITION SOCRATIQUE
27 de agosto de 2009, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Après avoir administré l’Extrême-onction à Alfred de Vigny mourant, l’abbé Vidal, vieil ami du poète, confia à ses proches : « Je crois que si un autre prêtre se présentait, il (Vigny) en serait fort surpris et probablement même ne l’admettrait point. » Lui-même, ajouta-t-il, n’avait obtenu du poète la dernière confession qu’en se servant d’un « prétexte » - un prétendu départ - « pour brusquer pour ainsi dire la chose ». (…)