Versão inglesa de Jack Zipes da edição original de 1812/1815 dos Contos de Grimm.
O zimbro possui uma rica tradição folclórica, mas não é especialmente pertinente à árvore neste conto. O óleo, as cinzas, as bagas, as folhas e a casca são utilizados em muitas culturas para fins curativos, e é o poder terapêutico da árvore que parece torná-la uma escolha natural como local de descanso para o menino. Na Rússia, o zimbro é uma bétula; na Inglaterra, é uma roseira.
Existe tradução desse conto (…)
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Irmãos Grimm
Jacob (1785–1863) e Wilhelm Grimm (1786–1859), incansáveis pesquisadores em matéria de filologia e de história folclórica, empreenderam muito jovens, em 1806, a tarefa de reunir contos. [Antoine Faivre]
Matérias
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Grimm (Contos:47) – The Juniper Tree (O Junípero)
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Faivre (Grimm) – sobre o mito e o conto
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroNa edição de 1819-1822 em três volumes, os irmãos Grimm precisaram seu propósito. O prefácio do primeiro volume é seguido por uma introdução cujo trecho intitula-se "Bedeutung als Ueberlieferung" ["Significação [do conto] como tradição"], no qual observam que ninguém conhece os autores desses contos que aparecem por toda parte como tradições (palavra sublinhada no texto). Isso, acrescentam, não deixa de ser notável sob mais de um aspecto. Há séculos esses contes vivem, "modificando-se (…)
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Faivre (Grimm) – contos, simbolismo numérico
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO formalista esbarra necessariamente em um dado que, no entanto, é bem formal na aparência: os números. Ele sempre pode notá-los, ver como se combinam entre si, mas não saberia dizer a qual necessidade interna eles obedecem. Ora, eles ocupam um lugar de destaque nos contos. Não falo aqui dos números que um estudo formal pode induzir, mas daqueles que se apresentam como tais no relato.
Não é indiferente, todavia, que se tenha podido induzir a partir deles, mas trata-se de outra coisa. (…) -
Faivre (Grimm) – contos, exegese junguiana
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA abertura junguiana rompeu as cercas freudianas, integrando as conquistas anteriores em um contexto ampliado. O inconsciente não é mais apenas o de um indivíduo ou de um grupo, mas uma realidade sincrônica, arquetípica, e a imagem é dotada de uma salvação ontológica. Certamente, os produtos do imaginário sempre foram considerados pela psicanálise como representações de processos de nossa atividade inconsciente, mas Jung mostrou que esta tende a se expressar sobre si mesma, a traduzir nas (…)
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Faivre (Grimm) – contos, interpretações freudianas
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroPara a psicanálise freudiana, as imagens são primeiramente sintomas. “Dize-me quais são as tuas imagens e direi qual é a tua neurose”: assim poder-se-ia resumir, não sem algum exagero, o estatuto freudiano da imagem. As situações dos heróis de contos representam dilemas psicológicos, frequentemente de tipo edipiano. A origem de cada conto reside no passado individual daquele que o elaborou; este conteúdo se encontra reativado por aqueles que virão em seguida adicionar novos elementos a esta (…)
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Faivre (Grimm) – contos e mitos
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA primeira das duas proposições anteriores diz respeito ao mito "histórico" e se aproxima muito de certas teorias chamadas acima de "antropológicas", especialmente daquelas que veem nos contos a lembrança de antigos ritos. Seguindo os Grimm, vários autores desenvolveram essa proposição. Citamos como exemplo característico a tese de Maria Führer publicada em 1938: [Tradição germânica da mitologia nórdica e conto popular alemão; 80 contos dos Irmãos Grimm iluminados pelo mito]. Aqui estão (…)
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Faivre (Grimm) – leis externas e internas do conto
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroEm 1909 Alex Olrik tinha, em um artigo, tentado destacar as leis externas e internas do conto do tipo KHM. Algumas de suas proposições parecem sujeitas a cautela, mas esse trabalho que muito reteve a atenção dos pesquisadores tornou-se rapidamente clássico. Pode portanto ser interessante resumi-lo em grandes linhas, tanto mais que, no essencial, retoma várias das observações expostas acima:
Leis externas:
a) O conto não começa nem termina de forma movimentada.
b) Importância da (…) -
Faivre (Grimm) – "era uma vez"
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO detalhe tende sempre mais ou menos a situar histórica ou geograficamente a imagem representada. Ora, o conto dos Grimm se desenrola inteiramente em um lugar nenhum e um era uma vez que são o lugar e o tempo de uma utopia — no sentido etimológico —, e de uma meta-história afirmadas implicitamente em sua especificidade à maneira do mito — o in illo tempore de que falou Mircea Eliade. As frases introdutórias nos arrancam imediatamente de nosso universo cotidiano para nos mergulhar nesse (…)
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Faivre (Grimm) – As teorias sobre a "origem" dos contos
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO conto considerado como forma de arte precisa ou fixa não existe na Alemanha — e dificilmente na Europa — antes do século X. Antes disso, trata-se muito mais de Kraftmärchen, ou conto heroico, mais próximo da gesta heroica (Heldensage). O conto do tipo KHM difundiu-se mais no norte da Alemanha (Holstein, Pomerânia, Mecklemburgo), enquanto a Áustria e a Baviera permaneceram como o local preferido para lendas e canções populares.
A Märchenforschung (o estudo do conto) "é uma ciência (…)
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