Como se pode imaginar, não vou defender um desses enfadonhos “retornos ao/ do sujeito” que alguns se esforçavam por promover há algum tempo. Ao contrário, estou plenamente convencido de que estamos no fim da subjetividade entendida como a presença-a-si que sustenta as representações e que as refere a si mesma como suas – sendo ela própria, precisamente, irrepresentável. Mas eu diria antes que o irrepresentável talvez seja ele mesmo apenas um efeito programado pelo sistema da subjetividade. E (…)
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ego / sujeito-objeto / subjetividade
Matérias
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						Nancy (Scène) – retorno à questão da subjetividade
						
 30 de junho, por Murilo Cardoso de Castro
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						Jean-Louis Chrétien – o eu que fala em Beckett
						
 7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA essa dimensão transcendental e a essa temática gnóstica soma-se o incessante movimento da fala: este movimento, tendo se desvencilhado do mundo e de qualquer situação definida nele, é apenas um movimento interior, fazendo de L’Innommable um puro romance da consciência sob o modo do monólogo, uma consciência despida que não é mais uma consciência singular e definida, mas uma forma pura do relato. Esse movimento tem duas dimensões, das quais a segunda é pouco enfatizada pelos intérpretes, (…) 
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						Jean-Louis Chrétien – reflexão sobre os pronomes pessoais
						
 7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA reflexão sobre a subjetividade toma a forma de uma reflexão sobre a fala, sobre a voz, e sobre o que permite seu uso, os pronomes, os pronomes pessoais. O tema reaparece frequentemente: "Depois chega dessa maldita primeira pessoa, já é demais no final, não se trata dela, vou arrumar problemas. Mas também não se trata de Mahood, ainda não. De Worm então menos ainda. Bah, pouco importa o pronome, desde que não sejamos enganados. Depois o preço está pago (sic). Mais veremos mais tarde" (I, (…) 
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						Abellio (SA:24-25) - la mise en place d’une structure absolue de la perception
						
 19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroABELLIO, Raymond. La structure absolue. Paris: Gallimard, 1965 
 Comment mettre la perception en « structure », mais non pas seulement en structure bipolaire sujet-objet?
 Pour essayer alors de comprendre comment s’impose la présence positive de l’intuition (ou, ce qui revient au même, de la perception) et déterminer quels rapports dynamiques s’établissent par elle entre « sujet » et « objet », je cherchai à mettre cette perception en « structure », mais non pas seulement en structure (…)
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						Clément Rosset – Anfítrion
						
 1º de agosto, por Murilo Cardoso de CastroNuma passagem particularmente interessante do Livro II do Seminário, dedicado ao Anfítrion de Plauto e de Molière, Lacan aborda o tema do duplo, que está profundamente ligado, tal como o do extraterrestre, à metafísica considerada como um saber de outro mundo. Estas páginas são um modelo de análise ilustrada, quero dizer, desta forma, em que Lacan se destaca – como no seu comentário a A Carta Roubada de Edgar Allan Poe –, de explicitar temas abstratos pela comparação com uma narrativa (…) 
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						Abellio (SE:C2) - L’émergence du « Je » transcendental.
						
 19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroExtrait du texte de Raymond Abellio, « L’esprit moderne et la Tradition », au livre de Paul Sérant, « Au seuil de l’ésotérisme. » Grasset, 1955. 
 Le problème de la conscience de conscience, c’est-à-dire de la conscience auto-intensificatrice de soi, se pose d’une façon générale en liaison avec celui de l’intériorisation conscientielle de toute science « séparée » ou « objective » se transfigurant en connaissance ineffable. Lorsque, dans l’attitude « naturelle » qui est celle de la totalité (…)
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						Evola (Meyrink) - L’Ange à la fenêtre d’Occident
						
 20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroGustav, Meyrink, L’Ange à la fenêtre d’Occident. Trad. R. de Largerie et Saint-Helm. Préface de Julius Evola. La Colombe, 1962 
 L’Ange à la fenêtre d’Occident est un des derniers romans que Gustav Meyrink écrivit avant de mourir; la trame en est constituée par un enchevêtrement de thèmes qui se trouvaient déjà dans ses précédents ouvrages. En fait, il s’agit là - comme dans les Histoires de faiseurs d’or - de la reconstitution romancée de la vie et des vicissitudes d’un personnage, d’un (…)
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						David Loy – Sou feito de estórias?
						
 3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroSem estórias não há eu. Ao abandonar todas as estórias durante a meditação samadhi, torno-me nada. O que se pode dizer sobre este nada? Neti, neti—"não isto, não isto." Dizer algo sobre isso dá-lhe um papel em uma estória, mesmo que seja apenas um marcador de lugar como um zero. 
 Amamos estórias de salvação, por exemplo, a abjeção e redenção de alcoólicos. “Eu estava perdido, mas agora me encontrei.” Quando sou salvo ou nasço de novo ou sou despertado, o que permanece o mesmo? Como eu (…)
