Excertos do livro de Yvette Centeno, A SIMBOLOGIA ALQUÍMICA NO CONTO DA SERPENTE VERDE DE GOETHE
O Conto da Serpente Verde de Goethe, escrito em 1795, ainda hoje é, de todas as suas obras, aquela que nos deixa mais perplexos.
Integra-se numa obra a que o autor deu o título de Conversas de Emigrantes Alemães. Mas nem o título, nem o teor geral das histórias narradas, ajudam a entender melhor o Conto com que a obra finaliza. Várias histórias são contadas pelos emigrantes uns aos outros, (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores e Obras > Goethe
Goethe
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)
Matérias
-
Centeno: Goethe, O Conto da Serpente Verde
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Situação arquetípica faustiana (Goethe, Bonardel)
17 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBonardel1993
Mas nada impede também de ver na situação arquetípica faustiana a reformulação da Queda adâmica, agravada pela inflação de uma intelectualidade sem "corpo". No Prólogo no Céu, o Senhor da Criação, constatando que "todo homem que caminha pode se perder", confirma assim a liberdade do Homo viator e a possibilidade de uma alquimia cristã; enquanto Mefisto se alegra por sua vez de que "o pequeno deus do mundo ainda é da mesma estirpe e bizarro como no primeiro dia": dividido de si (…) -
Goethe, Dichtung und Wahrheit
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Ao ler este relato, somos levados a interpretar retrospectivamente a reação de Goethe quando, ainda jovem estudante em Leipzig, ele visitou o museu de Dresden. O discípulo de Friedrich Oeser, que pregava o evangelho do Belo sob a invocação de seu amigo Winckelmann, não deveria se apressar em direção às obras antigas? Pois bem, não. Ele também não foi ver a Madona Sistina, que Winckelmann, apesar de seu "paganismo", muito curiosamente considerava como a obra-prima da imitação (…) -
Wasserstrom (SWRR) – Corbin, Goethe
14 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHenry Corbin — Goethe Excertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Todo o efêmero nada mais é que um símbolo Henry Corbin, versão de Goethe, 1969.
Goethe, muito mais do que seu predecessor Hamann, exerceu uma forte influência sobre Corbin e Eliade, e uma significativa, ainda que menor, influência sobre Scholem. Mais especificamente, todos os três acharam que seu segundo Fausto era um marco muito precioso. (…) -
Centeno: Goethe - Fausto
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro"Mas este aprendeu, irá ensinar-nos." Goethe, Faust
A magia, como têm observado os seus estudiosos, constitui um universo coerente de ideias, uma representação global do homem e do mundo, semelhante, pela função, à das concepções religiosas, tradicionais e oficiais, embora se desenvolva à margem delas. É a angústia da consciência inquisidora das razões e dos mistérios do universo que se projecta na magia, enquanto forma útil de apreensão e domínio desse mesmo universo.
«A um mundo (…) -
Patocka – Fausto de Goethe
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroTanto no Volksbuch quanto em Marlowe, em sua primeira versão poética, a história de Fausto permanece ao mesmo tempo uma lenda explicitamente alemã, situada com precisão em um lugar do mundo e um ponto no tempo. A unidade da cristandade não existe mais. Os países das fronteiras ocidentais se libertam abertamente dos laços impostos pela autoridade e pelo poder espiritual. No entanto, mesmo na fragmentação e no caos do período da Reforma, o Sacro Império Romano permanece fundamentalmente (…)
-
Goethe, luz irradiada pelas obras-primas
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Assim, quando Goethe fala da luz irradiada pelas obras-primas, ele imita uma tradição religiosa. No entanto, os trovões e relâmpagos que acompanham o nascimento de Cristo exigem uma reflexão. Certamente, pode-se simplesmente dizer que houve uma tempestade, o que é verdadeiro, pois Goethe o especifica. Mas essa tempestade não teria um sentido simbólico?
O leitor desavisado pode pensar que essa anotação de Goethe não combina com a tradição religiosa. De fato, o nascimento de (…) -
Goethe – tudo o que é factual já é teoria
21 de março, por Murilo Cardoso de CastroComo escreveu Goethe, “o apogeu seria compreender que tudo o que é factual já é teoria. (...) Que não se busque simplesmente nada por trás dos fenômenos: eles mesmos são a teoria” (Maximen und Reflexionen, § 575). Ou ainda: “(...) E inútil procurarmos expressar a natureza de uma coisa. Percebemos efeitos, e a história completa desses efeitos sem dúvida englobaria a natureza da coisa. Em vão nos esforçamos por retratar o caráter de um ser humano; reunamos, ao contrário, seus modos de agir, (…)
-
Wasserstrom: Eliade sobre Goethe
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroExcertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Eliade, assim como Corbin, nutria uma paixão pela Alemanha e suas coisas nos anos 20 e 30. Naquela época Goethe tornou-se um de seus marcos pessoais de grandiosidade. ’(Voltaire) encorajou meus sonhos de um espírito universal... (mas quando) descobri outros autores universais, especialmente Papini e, mais tarde, Goethe e Leonardo da Vinci, parei de lê-lo’. No final de (…) -
Goethe e as artes plásticas
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Assim, em vez de enxergar em Goethe um amador pouco talentoso que insistia em perseguir a quimera de uma arte para a qual não tinha verdadeira vocação, preferimos considerar sua reflexão estética segundo sua finalidade própria, que parece, antes de tudo, responder a uma preocupação literária.
A especulação sobre as artes plásticas se insere em uma evolução que, propriamente falando, não é a de um pintor, nem de um escultor, nem mesmo de um verdadeiro historiador da arte. (…)
- 1
- 2