Simbólica e Cabala. Maçonaria e Aritmosofia
As fontes de informação de Nerval sobre as doutrinas esotéricas são tratados de ocultismo e romances fantásticos mais do que obras de erudição pura.
Uma biblioteca de ocultismo está na origem de muitos capítulos de Viagem ao Oriente e Os Iluminados, de quase toda Aurélia e mesmo dos sonetos Les Chimères.
Nerval buscou sua inspiração principalmente nas obras de Kircher e Court de Gébelin sobre Simbólica e Cabala, e no livro do abade Terrasson (…)
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Matérias
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Jean Richer – Fontes desconhecidas de Gérard de Nerval (3)
7 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Blanchot – A linguagem da pesquisa
2 de julho, por Murilo Cardoso de CastroUma das questões que se colocam à linguagem da pesquisa está, portanto, ligada a essa exigência de descontinuidade. Como falar de modo que a palavra seja essencialmente plural? Como pode se afirmar a busca por uma palavra plural, fundada não mais na igualdade e desigualdade, não mais na predominância e subordinação, não na mutualidade recíproca, mas na assimetria e irreversibilidade, de tal forma que, entre duas palavras, uma relação de infinitude esteja sempre implicada como movimento do (…)
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Jean Richer – Swift, houyhnhnm = cavalo?
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroSomos agora conduzidos a nos perguntar o que significa a palavra houyhnhnm que designa o cavalo em Swift.
Se estabelecermos a lista das palavras da língua houyhnhnm figurando na quarta viagem de Gulliver, chegamos bastante rápido à conclusão de que, como já assinalado, os cavalos falam uma língua germânica, mais próxima ainda do inglês que do alemão, com a adição de um número suficiente de agrupamentos yl, hl, hn, hm, para dar ao seu léxico o aspecto relinchante e a pronúncia equina (…) -
Patocka – linguagem e escrita
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO próximo passo da dialética pela qual o homem se torna expressamente um ser vivente espiritualmente, ou seja, em uma relação explícita e consciente com o mundo, é a escrita, a fixação da expressão verbal. A necessidade de fixação é muito antiga, primordial, como se depreende da estereotipia da narração inicialmente oral, da precisão ritual com que os mitos são transmitidos, das figuras que facilitam a recitação e a memorização. Com a escrita, que transforma a fala em algo que pode ser (…)
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Patocka – linguagem e fala
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA linguagem, traço distintivo do homem (nenhum animal possui linguagem no sentido de um meio de entendimento com um teor de significação), cristaliza-se originalmente a partir da fala, da atividade de falar, sendo esta inseparável de uma situação de fala. A situação de fala é o que determina o sentido do que é dito, o que localiza a significação no tempo e no espaço, relacionando-a a tais ou tais pessoas cuja presença é dada a entender pelo contexto. Na origem, a fala é parte integrante de (…)
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Jean Richer – Fontes desconhecidas de Gérard de Nerval (2)
7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroB. - As origens dos povos
Nerval se entusiasma pelo estudo do brasão e pelas origens míticas das raças e línguas, enriquecendo e adornando a história por meio da lenda. Permaneceu nas teorias do abade Erithème sobre a origem troiana dos franceses, enquanto um Fréret, por exemplo, declarava em sua dissertação De l’origine des Français et de leur établissement dans la Gaule :
Não se duvida mais hoje que os franceses sejam originários da Germânia, e a opinião que os faz descendentes dos (…) -
Patocka – O escritor e seu "objeto"
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO descontentamento da intelligentsia, sua nova consciência de si, suas reivindicações, seu agrupamento e solidariedade aparecem como os primeiros indícios de uma época nova da qual ainda não sabemos se trará uma superação da crise assinalada em quase todos os domínios pela impotência da razão diante do absurdo, cuja persistência a realidade presente traduz. Muitos, vendo nesses fenômenos novos apenas o que lembra a agressividade da desrazão, as paixões cegas, a "plebe" no sentido tradicional (…)
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Patocka – o sentido da vida
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroPara o escritor moderno, poeta ou prosador, essa apreensão individual do sentido da vida é determinante. O que valorizamos no escritor-artista é o que ele consegue revelar do sentido da vida mediante a linguagem corrente, formada pelo uso prático cotidiano, orientada para as coisas, recorrendo também a nosso saber objetivo. Utilizar a linguagem para fins que não são seus fins habituais, para objetivos que não pretendia visar; da expressão das coisas que era, transformá-la na expressão da (…)
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Pierre Boutang – Blake, a linguagem e a dissimulação
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO livro que aqui está acabou por se construir sobre uma hipótese complexa, na verdade tripla, mas em que cada componente repercute sobre as outras duas: Blake, poeta, definiu-se como "mestre das estruturas da linguagem"; só pôde manter essa pretensão delirante e metódica — onde se curva e se aprofunda seu gênio — porque era também, muito conscientemente, um mestre da dissimulação; o conteúdo dessa dissimulação encontra-se por inteiro, e simultaneamente, em sua vida e no dogma que sustentava (…)
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Patocka – o mito e sua desagregação
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroDissemos que o primeiro fruto desse retorno [pela objetivação da linguagem] é o mito, a lenda, a fábula. O mito mantém a coesão de um sentido uno: "uno" porque a trama, a ação, a situação, a tarefa a cumprir devem ser conduzidas a uma conclusão que, feliz ou trágica, deve sempre representar uma resposta, resolver a questão do sentido da história narrada. É assim que se objetiva um contexto de vida, com suas referências internas, sua forma e conteúdo. Aqui se expressam as tendências mais (…)
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