Horto do Esposo — MARIO MARTINS
Antes de mais nada, uma pequena mas necessária divagação. Temos, em filosofia, o «mal metafísico», a negação de perfeições indevidas a tal ou tal ser. Um cavalo não tem a beleza alada da borboleta nem a inteligência do homem. Este não-ter constitui um mal metafísico. Por sua vez, a borboleta não possui a força do cavalo, nem a sua capacidade de viver longos anos. Enfim, o homem não tem a inteligência perfeita dos anjos.
Neste sentido, o mal metafísico é (…)
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morte
Matérias
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Horto do Esposo I
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
David Loy – A Estória da Vida e da Morte
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA morte é o fim da minha narrativa, ou outra estória?
Estórias são o que a morte pensa que põe fim. Ela não consegue entender que elas acabam nela, mas não acabam com ela. Ursula K. Le Guin
A estória mais antiga, a epopeia suméria de Gilgamesh, é sobre seus esforços para evitar a morte. Lidamos com a morte tecendo-a em estórias que diminuem sua picada, para que ela não represente um fim da vida e do sentido que ofusque toda vida e sentido.
O sentido da vida é que ela para. Kafka
Se a (…) -
Clément Rosset – Teorema de Cripure
1º de agosto, por Murilo Cardoso de CastroVou concluir estas breves notas sobre a moral com o que chamo de teorema de Cripure, que tomo emprestado do romance outrora célebre de Louis Guilloux, Le Sang noir. Cripure é um professor de filosofia em uma cidade no oeste da França, que deve seu apelido de "Cripure" à alteração do título da obra mais conhecida de Kant, Crítica da razão pura, para Cripure da razão tique. Personagem sombrio e complexo, antissocial e anticapitalista, ele, no entanto, esconde em seu alojamento, ou melhor, em (…)
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