8. João Guimarães Rosa nos legou Sagarana, algo grande e à maneira de saga, isto é, grande e à maneira de lógos, a forma dizedora, mostradora – o sentido antecipador-instaurador. Este mesmo Rosa, para dizer história, no sentido grande e imediato de dar-se, acontecer, fala, em algum lugar, de acontecências. Grande, que se vem usando acima, não quer dizer de tamanho maior, nada enorme quantitativa e mensuravelmente, nada ‘grandão’ ou agigantado, mas, sim, [30] está apontando para a dimensão do (…)
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Guimarães Rosa
Guimarães Rosa (1908-1967)
Matérias
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Gilvan Fogel – estórias (Guimarães Rosa)
5 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
O Simbolismo das ilustrações de Poty em "Grande Sertão" de Guimarães Rosa
22 de abril, por Murilo Cardoso de CastroUtezaMGS
Quanto às ilustrações de Poty, sabemos pelo testemunho do editor, que figura na coletânea de homenagens publicada no Rio de Janeiro, em 1968, com o título Em Memória de João Guimarães Rosa, que o próprio Poty havia realizado dois projetos, ambos sob as sugestões do escritor. Em comentário que acompanhava a reprodução do projeto que não fora aproveitado, o editor dizia: Acaso será fácil adivinhar o que são esses desenhos cabalísticos? Por certo que não: pois são desenhos que Poty (…) -
O Simbolismo do Adro em "Grande Sertão" de Guimarães Rosa
22 de abril, por Murilo Cardoso de CastroUtezaMGS
GRANDE SERTÃO: VEREDAS. Três palavras, reunidas em duas expressões a priori geográficas, compõem uma unidade intermediada pelos dois pontos que as colocam em uma [56] relação ao mesmo tempo de oposição e de complementaridade. Um espírito ocidental reconhecerá aí sobretudo a oposição:
O sertão acaba sendo toda a confusão e tumultuosa massa do mundo sensível, caos ilimitado de que só uma parte ínfima nos é dado conhecer, — precisamente a que se avista ao longo das veredas, tênues (…) -
Varela – obras do heterologos rosiano
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro[...] seja Grande sertão: veredas, seja Tutaméia, culminando no conto A terceira margem do rio de Primeiras estórias, sobremaneira expressivo do pensamento de Guimarães Rosa e do heterologos em geral. Enquanto Grande sertão nos sugere a imensidão da terra brasileira, o sertão-macrocosmos, “lugar de latifúndios e epopéias”, como diz Gilberto Mendonça Teles, Tutaméia é “uma espécie de ‘grande sertão’ fracionado em pequenas narrativas”, o microcosmos onde decorre o infinitamente pequeno dos (…)
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Varela – O mundo rosiano
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO mundo rosiano é, de fato, um mundo de como se, de faz de conta, o regresso pensado à desordem ordenadora do mito e da natureza, na sua lógica sensível, na sua linguagem carnal, na sua hybris caudalosa e espontânea. Homem do sertão , como ele próprio se deixa denominar, Guimarães Rosa descobre-se, selvagem, eterna criança, enunciando a verdade possível, a não verdade de uma Verdade inominável, no eterno retorno do mythos. Fiel às formas simples de que fala Jolles , na escrita deste autor, o (…)
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Flusser – Guimarães Rosa
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroNa introdução a este livro sugerimos a identidade entre tempo e diabo. É ele o próprio princípio da modificação, do progresso, da fenomenalização portanto. É o princípio da transformação de realidade em irrealidade. É o que Guimarães Rosa tem em mente ao dizer que o diabo não existe. A correnteza do tempo dentro da qual o Senhor mergulha pedaços do ser ao criar “céus e terra” é o próprio diabo. O tempo é incrível, não se pode crer nele. Kafka diz que não se pode ter fé no diabo, porque mais (…)
Notas
- Gilvan Fogel – à toa muito ativo (Guimarães Rosa)
- Gilvan Fogel – colossalidade (Guimarães Rosa)
- Gilvan Fogel – desafã (Guimarães Rosa)
- Gilvan Fogel – milagre (Guimarães Rosa)
- Gilvan Fogel – o aprender
- Gilvan Fogel – queda e travessia (Guimarães Rosa)
- Gilvan Fogel – Riobaldo é o sertão (Guimarães Rosa)
- Guimarães Rosa (ABL) – morte
- Guimarães Rosa (Ave Palavra) – mineiridade
- Guimarães Rosa (Entrevista) – gênio
- Guimarães Rosa (Urubuquaquá) – desafã