O que dá a melhor impressão do ’’mundo verdadeiro’’, do mundo da liberdade, são os contos de fadas. E, entre as obras literárias francesas, aquelas que se devem aconselhar a leitura a quem quer ter uma visão da ’’realidade’’, são os Contos de Perrault. O resto, é frequentemente, literatura; é algo de relativo ao mundo que passa, ao mundo aparente, ’’ao mundo que não é’’, ao mundo da necessidade.
Nada é tão revelador da alma humana como os relatos do tempo onde os animais falavam. Existem (…)
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Mitos e Lendas
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Pierre Gordon – Contos de Fadas
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Beckett (EG) – existência
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroFábio de Souza Andrade
LUCKY [exposição monótona] Dada a existência tal como se depreende dos recentes trabalhos públicos de Poinçon e Wattmann de um Deus pessoal quaquaquaqua de barba branca quaqua fora do tempo e do espaço que do alto de sua divina apatia sua divina athambia sua divina afasia nos ama a todos com algumas poucas exceções não se sabe por quê mas o tempo dirá e sofre a exemplo da divina Miranda com aqueles que estão não se sabe por quê mas o tempo dirá atormentados atirados (…) -
O Junípero
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroContribuição de Antonio Carneiro à contextualização simbólica do Conto de Grimm, O Junípero.
The image of the bird in association with the tree is a central one in Plutarch’s version of the Isis-Osiris myth.
The resurrection of the head is presented as a mystical accomplishment, while the unvanquishable power of gnosis is proclaimed.
The choice of this tale was to comment three symbols: The Tree, The Decapitation and The Bird. In the next tale selected shall be The Goden Bird by the (…) -
Contos de Fadas
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUma enorme diversidade de relatos ou contos se compuseram ao longo de gerações sucessivas, seja se referindo a episódios vividos ou imaginados, seja narrando sob a forma de mitos diferentes aspectos da profundeza do mundo visível, seja guardando em estórias mensagens de sabedoria para as próximas gerações. Assim também, cada indivíduo compartilhando deste acervo conta sua própria estória de vida, e nela se coloca como personagem principal, desempenhando os ditames que estabeleceu como seu (…)
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Mil e Uma Noites
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroEstórias – Mil e Uma Noites
Um dos mais conceituados especialistas contemporâneos d’As Mil e Uma Noites, Aboubakr Chraïbi, demonstra que estes textos, cuja fiabilidade histórica é, de resto, questionável, não podem constituir prova de que no século ix já existisse o livro d’As Mil e Uma Noites, nem que este tivesse sido uma tradução do persa. Em primeiro lugar, os vários testemunhos que se reportam aos séculos ix/x aludem a um tipo de histórias que se assemelha mais às fábulas ou aos (…) -
Jordan-Smith – A Epopeia de Gilgamesh
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroDesesperado, Gilgamesh andava de um lado para outro em torno do corpo do seu amigo Enkidu. Chorou amargamente e riscou o rosto com cinzas; rasgou as vestes e entrajou-se com peles de animais selvagens. No mais profundo do coração gritou:
— Como posso descansar, como posso estar em paz? Contemplai Enkidu, meu irmão e companheiro: o que ele é agora, eu o serei algum dia. Porque tenho medo da morte, preciso procurar Utnapightim, a quem os homens chamam o Distante, pois ingressou na assembleia (…) -
Eudoro de Sousa – Epopeia de Gilgamesh
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro12. Complexa codificação do mistério, para o qual aponta aquele momento da grande viagem em que superada parece a mais contraditória das contradições, é a que se nos depara na literatura das catábases. Propriamente, «catábase» quer dizer «descida»; usa-se, porém, com o significado mais restrito de «descida aos infernos», acesso ao reino dos mortos, situado nas profundezas da terra, miraculosamente aberto a alguns viventes. No início da tradição, a espantosa aventura é privilégio dos deuses: (…)
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Carvalhão Buescu – Perceval
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO Perceval ou Li Contes du Graal de Chrétien de Troyes abre com uma dedicatória ao Conde de Flandres, Filipe de Alsácia, louva-o pelas suas virtudes morais, os seus dons cristãos e sobretudo a sua generosidade:
“Le conte aime justice et loyauté et sainte Eglise. Il déteste toute vilenie”.
E acrescenta:
“Sachez donc en vérité que les dons du Comte Philippe sont bien de charité”.
Chrétien de Troyes aduz a informação de que por sua inspiração e estímulo do Conde Filipe de Flandres (…) -
Sansonetti – Graal e Alquimia
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO autor examina o simbolismo na Segunda Continuação de O CONTO DO GRAAL, atribuído a Wauchier (ou Gautier) de Denain, doravante designado como «pseudo-Wauchier» em razão das dúvidas que suscita sua identidade real. Muito de sua tese de doutorado, Le Corps de Lumière dans la littérature arthurienne é aqui aportado, buscando aproximações não somente com o hermetismo, mas também com a tradição celta e a tradição germânica anteriores ao Cristianismo. O autor escolheu deixar os signos da obra (…)
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Eliade: um episódio de Percival
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroA lenda de Parsifal contém um dos episódios mais significativos: o Rei Pescador (li reis peschëors) está doente e ninguém pode curá-lo. É uma doença muito estranha: desânimo, envelhecimento, fraqueza extrema. Numerosas hipóteses foram tecidas a esse respeito. Segundo certos textos medievais, sobre o Graal prevalecia ou tinha, de qualquer forma, uma relação direta com o sagrado cálice levado à Europa — diz a lenda — por José de Arimateia. Este não é o lugar adequado para estudar o sentido (…)