Masui, 1978
Mâyâ se impõe a nós como ignorância na medida em que nos identificamos com o objeto sem enxergar o sujeito que está por trás (o puro Sujeito Universal) (cf. Lacombe [1]).
Mâyâ é tudo o que foi criado (a multiplicidade) e pode, ao mesmo tempo, nos revelar o Absoluto—desde que ultrapassemos seu aspecto ilusório—ou nos ocultá-lo.
Mâyâ se disfarça em "ignorância", seja no espetáculo do criado, seja na consideração de nós mesmos (e provoca o egotismo).
Cf. Sri Aurobindo. (…)
Página inicial > Mitos e Lendas
Mitos e Lendas
-
Maya (Masui)
25 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Mito e Homem (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
A relação geral entre linguagem e mito é, como a própria palavra myth (do grego muthos—discurso narrativo) sugere, quase insondável; mas antes de deixar de lado o aspecto limitado dos arianos, que foi tudo o que tivemos espaço para abordar aqui, vale mencionar uma etimologia interessante, que às vezes foi interpretada como reveladora da raiz e do propósito da cultura ariana na história da humanidade. Os hindus remontam a um grande mestre chamado Manu. Seja essa figura (…) -
Mito e Homem (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
A relação geral entre linguagem e mito é, como a própria palavra myth (do grego muthos—discurso narrativo) sugere, quase insondável; mas antes de deixar de lado o aspecto limitado dos arianos, que foi tudo o que tivemos espaço para abordar aqui, vale mencionar uma etimologia interessante, que às vezes foi interpretada como reveladora da raiz e do propósito da cultura ariana na história da humanidade. Os hindus remontam a um grande mestre chamado Manu. Seja essa figura (…) -
Comparar deuses de distintas mitologias (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
Agora, ao lidar com mitologia, nada é mais enganoso do que comparar os deuses de diferentes nações, assumindo que aqueles que têm nomes etimologicamente semelhantes significavam a mesma coisa para seus adoradores. Por exemplo, foi apontado que o nome Tiu descende de uma palavra que também se desenvolveu em outros lugares como Dyaus e Zeus, mas sugerir que Tiu era o "mesmo deus" que Zeus teria pouco significado. E o mesmo acontece com outras figuras da mitologia nórdica, como (…) -
Babel, mito recursivo da confusão de línguas (Schubert)
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
Depois de traçar o destino da natureza e do homem em um cenário dramático característico de toda teosofia autêntica, o autor propõe examinar as consequências dessa confusão de línguas. Elas são múltiplas e, mais uma vez, percebemos uma influência martinista inegável. Primeiro, a natureza tornou-se o receptáculo do amor que o homem, inicialmente, dedicava a Deus. Porém, ao perder sua transparência original — seu valor simbólico —, a natureza (…) -
A linguagem mítica
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
O sonho e a poesia, vestígios de uma idade de ouro já extinta, foram, portanto, dois modos de expressão característicos dessa linguagem primitiva que o homem das origens falava espontaneamente, sem recorrer à consciência e à vontade. Mas há um terceiro elemento — exposto no terceiro capítulo — que é um eco dessa linguagem original perdida e constituído, tal como o tecido do sonho, da poesia e da profecia, pelas mesmas imagens universalmente (…) -
Mistério de Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroFalei de tudo isso para insistir na questão que creio essencial para o caso que nos ocupa: como é possível um Swedenborg? O que é preciso supor para considerar a coexistência das qualidades de um sábio engenheiro, de um funcionário eminente, de um homem simultaneamente tão prudente na prática e tão instruído sobre tantas coisas com as características de um iluminado que não hesita a redigir, publicar suas visões, fazer-se passar por um visitado pelos habitantes de outro mundo, por eles (…)
-
Teoria das Correspondências de Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroMas em Swedenborg a atividade teórica não desaparece completamente diante da percepção imediata. Ela reassume seu papel de construção e justificação. É "natural" que um espírito tão fortemente dotado e culto busque estabelecer o mais sistematicamente possível as relações entre suas duas realidades, e constitua uma espécie de método ao qual se possa conferir uma forma ou aspecto quase "científico". Isso é o que Swedenborg fez com sua famosa Teoria das Correspondências, na qual combinou de um (…)
-
Swedenborg me parece sujeito de transformações interiores (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroSwedenborg me parece hoje o exemplo e o sujeito de uma das mais notáveis e completas transformações interiores, realizada em muitas etapas, no curso de cerca de sessenta anos. Essa transformação de uma vida psíquica, observada e rastreada através da sequência cronológica dos escritos, é a de um homem de vasta cultura, primeiramente definível como sábio e filósofo, semelhante aos conhecidos sábios e filósofos de seu tempo, que imperceptivelmente se transforma em místico, por volta dos (…)
-
Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroO bel nome Swedenborg soa estranho aos ouvidos de um francês. Desperta em mim um emaranhado de ideias confusas em torno da imagem fantástica de um personagem singular, mais literário do que histórico. Confesso que até poucos dias atrás, eu só sabia dele o que restava de leituras já muito distantes.
Séraphitus-Séraphita de Balzac e um capítulo de Gérard de Nerval foram outrora minhas únicas fontes, das quais, no entanto, não me nutria há cerca de trinta anos...
Essa memória que se esvaía (…)