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Bosch Juízo Final Direita

terça-feira 23 de julho de 2024

Jerônimo Bosch   — O TRÍPTICO DO JUÍZO FINAL

A área consagrada ao inferno   ocupa cerca de 2/3 do espaço consagrado à história   do mundo   mas o paraíso   permanece o elemento dominando claramente o conjunto da obra: acima dos eventos terrestres o Cristo   assentado em um   trono, pintado em azul sublime. É a mesma pessoa, a mesma figura que sobre a aba consagrada ao paraíso, procria segundo a ordem de Deus  , o primeiro casal humano. O Filho   de Deus acompanha os homens e está onipresente acima deles no curso de sua passagem transitória sobre a terra. As trompetas dos anjos   soam o paelo a todos os horizontes: «Homem  ! Desperta!» e os doze apóstolos, ajoelhados da direita para a esquerda, gesticulam violentamente para suplicar e admoestar os homens. Acima do Cristo, no plano de trás do céu, Maria e João se recolhem no êxtase   de suas orações. O Cristo não está assentado como para dar um julgamento e tal qual se o representa sempre nas cenas do Juízo Final. Os mensageiros dos anjos não conduzem senão parcimoniosamente algumas almas que foram buscar na terra e que acompanham ao reino celeste. Nada   nesta cena que separa o Bem   do Mal  , a redenção da condenação. O espaço celeste está amplamente aberto, radiando serenidade e confiança para servir de contra-polo ao tumulto caótico que reina sobre a terra. Não é a redenção que forma   o tema principal da obra mas a exortação, o aviso ligaods à imagem   de esperança e da iluminação   divina.